Parque nacional da Cangandala

Parque nacional da Cangandala

O nosso país é dono de belas maravilhas de tirar o folego. O Parque Nacional da Cangandala protege uma das mais belas raridades do país: a Palanca Negra Gigante e é considerado o menor parque nacional do país, cobrindo uma superfície de 630 km². Está localizado na província de Malanje, a cerca de 50 km – por estrada – da cidade de Malanje e os seus limites naturais são o rio Cuíje, a Norte, o rio Maúbi, a Oeste, e a Sul, o rio Cuque. As comunas de Culamagia, Karibo e Bembo estão situadas nos extremos do parque.

A palanca negra gigante é um símbolo do parque, por isso criou-se um santuário de reprodução no sítio que começou com 9 fêmeas e um macho. Um dos grandes representantes da biodiversidade angolana e local que ajuda na preservação da rara palanca negra gigante. O Parque Nacional de Cangandala é uma verdadeira amostra da riqueza natural do país e da sua posição geográfica privilegiada.

Onde fica o Parque Nacional da Cangandala

Em primeiro lugar, então, é importante destacar onde fica o Parque Nacional da Cangandala. Este Parque está localizado na província de Malanje, a qual possui como sua capital uma cidade de mesmo nome.

Esta província está no Norte de Angola, tem pouco mais de 1 milhão de habitantes e uma área total de aproximadamente 100 mil km². De toda esta extensão, o parque ocupa uma área de cerca de 630 km². Ainda com relação ao Parque Nacional da Cangandala, fica localizado cerca de 25 km ao sul do município de Malanje. Como você vai ver a seguir, este é um santuário da palanca negra gigante.

Conheça o Parque que é santuário da palanca negra gigante

Os limites do Parque Nacional da Cangandala são os rios Cuije, Camifundi e Caculo a norte e a nordeste, os rios Caculo, Cuije Picada Calamungia, Dumba Kicala, Cuque, Lussa e Maubi Calongo a leste e sudeste, e os rios Candua, Camifundi e Maubi a sul.

Esta é uma região com uma pluviosidade média de 1350 mm de chuvas por ano. Neste sentido, então, a fauna e a flora locais vivem sobretudo em volta das lagoas e dos banhados que se formam durante a época de chuvas.

Com relação à sua fauna, ela é do tipo floresta aberta e savana seca. O principal motivo de existência do Parque Nacional da Cangandala, porém, está relacionado é à fauna existente neste local.

Isto porque a sua própria razão de existência se deu em função de uma espécie chamada palanca negra (Hippotragus niger). Este animal foi descoberto no ano de 1909 pelos ocidentais, e desde então atrai a atenção. Infelizmente, no entanto, desde 1933 ela consta como “sob proteção absoluta” em função dos riscos que a espécie sofre. Esta classificação foi adotada no documento final da Convenção para a Proteção da Fauna e Flora Africana.

Na verdade, inclusive, este animal chegou a ser considerado extinto durante algum tempo, muito relacionado com a caça predatória e com o conflito armado em Angola. Apenas em 2005 ela foi redescoberta na natureza angolana.

Ou seja, a proteção deste animal é mais do que necessária. Para cumprir isto, o Parque Nacional da Cangandala foi criado em 1963 exatamente com a finalidade de proteger a palanca negra gigante.

O que mais fazer em Malanje

Boa parte das atrações em Malanje estão relacionadas ao Parque Nacional da Cangandala. No entanto, há mais o que fazer na região, especialmente para quem gosta de estar conectado com a natureza.

Neste sentido, as Pedras Negras de Pungo Andongo são uma boa opção. Elas se configuram como um conjunto de rochas monolíticas que possuem milhões de anos. Elas fazem um contraponto exuberante com a savana ao redor.

Por outro lado, as Quedas da Calandula, localizadas no município de mesmo nome, são também uma boa atração. Inclusive, elas são as segundas maiores cataratas do continente africano, só ficando atrás das Cataratas de Vitória, na fronteira entre Zimbabwe e Zâmbia.

Dessa maneira, portanto, há muito o que fazer em Malanje quando o assunto é natureza. Ainda assim, o grande destaque, por ser o santuário da palanca negra gigante, certamente é o Parque Nacional da Cangandala. O administrador revelou que o número de Palancas Negras Gigantes ronda entre 80 e 90 , segundo o último levantamento feito através de coleiras colocadas a animais, com o recurso a dispositivos de GPS.

Víctor Paca informou que o Parque de Cangandala conta igualmente com espécies como nunce, seixas que “tem dado vitalidade a fauna”. O responsável manifestou preocupação face ao mau estado da via de 54 quilómetros que dá acesso ao parque.

O director do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação do Ministério do Ambiente, Abias Muhongo, disse, na cerimónia de entrega dos meios de vigilância, que a partir de agora o parque tem condições de vigilância para alargar o raio de cobertura com vista a travar a caça furtiva ao longo do parque.

O ambientalista frisou que a vedação, a criação de picadas e o aumento de postos de fiscalização no interior e exterior da reserva natural estão entre as acções de reforço do sistema de vigilância e preservação da palanca negra gigante, dentro do santuário e na reserva do Luando.

Abias Muhongo disse também que a conservação da palanca negra, uma espécie apenas existente em Angola, requer equipamentos, razão pela qual o Ministério do Ambiente vai continuar a reforçar o sistema de segurança nos parques nacionais, através da formação dos fiscais, apetrechamento com meios sofisticados e visitas de ajuda e controlo.

Unidade especializada

O ministério pretende desencorajar a caça furtiva em todo o território nacional, especialmente nas áreas de conservação, perspectiva que vai ser concretizada com a já anunciada criação de uma unidade especializada, acrescentou.

O director do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação pediu à população para colaborar com os fiscais e denunciar os casos de caça furtiva, para que os seus autores sejam criminalmente responsabilizados. O Parque Nacional de Cangadala, que tem uma extensão de 630 quilómetros quadrados, acolhe, actualmente, 35 palancas negras gigantes e outras espécies animais.

Um caçador furtivo de 37 anos foi detido numa operação realizada nos últimos dias por agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e da Polícia Nacional nos últimos dias, enquanto outro comparsa está foragido, assegurou o porta-voz do SIC em Malanje, superintendente Lindo Ngola.

Em Abril do ano passado (2019), o então secretário de Estado do Ambiente, Joaquim Manuel, anunciou que efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional (PN) estavam mobilizados para reforçar o número reduzido de fiscais para a protecção dos parques nacionais e reservas naturais e integrais, mas issonão aconteceu até ao momento.

Cerca de duas dezenas fiscais vigiam nesta altura parte dos 4.400 hectares do Parque Nacional de Cangandala, número ínfimo para fazer face as agressões de indivíduos estranhos.

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